Rojas-Bilbao EA, Knott ME, Bal de Kier Joffé ED, Zerga ME, Nuñez M, Puricelli LI e Ranuncolo SM*
Histórico: O Linfoma Difuso de Grandes Células B (DLBCL) é o tipo mais comum de Linfoma Não-Hodgkin em adultos. Este linfoma de células B derivado do centro germinativo é uma doença heterogênea com um curso clínico altamente variável, atualmente tratado com imunoquimioterapia. O Índice Internacional de Prognóstico (IPI) continua sendo o principal indicador de prognóstico. Isso destaca a ausência de biomarcadores adequados para fornecer informações de biologia molecular para estabelecer o prognóstico com mais precisão e prever a resposta ao tratamento em pacientes com DLBCL.
Métodos: Determinamos a expressão dos fatores de transcrição Oct2, BCL6, IRF8, OCAB e PU.1 por imuno-histoquímica em 73 biópsias de linfonodos DLBCL para abordar seu potencial como biomarcadores de prognóstico em pacientes DLBCL. Essas moléculas exibem papéis-chave bem conhecidos no desenvolvimento do centro germinativo.
Resultados: Um grande número de casos apresentou alta porcentagem de Oct2 (64/73), BCL6 (40/73) e/ou IRF8 (44/73) de núcleos de células tumorais positivas. Em contraste, um número significativo de biópsias analisadas apresentou baixa porcentagem de OCAB e/ou PU.1 de células tumorais positivas. A expressão de cada fator não foi associada a nenhuma das características clínico-patológicas relevantes, incluindo o subtipo molecular DLBCL e o IPI. A alta expressão de Oct2, BCL6 e IRF8 (mais de 70% de células tumorais positivas) correlacionou-se com mau prognóstico em termos de menor sobrevida global. Particularmente, a alta expressão de BCL6 e IRF8 manteve seu valor prognóstico em uma análise multivariada estratificada para o escore IPI. Curiosamente, o IRF8 surgiu como um novo indicador de prognóstico entre os pacientes com doença da medula óssea livre no diagnóstico, submetidos a uma análise multivariada específica denominada árvore de classificação. Pacientes com doença da medula óssea livre, que normalmente apresentam melhor resultado, apresentaram pior prognóstico quando expressaram IRF8 alto no diagnóstico.
Conclusões: A avaliação da expressão desses fatores forneceria novos insights celulares e moleculares para prever com mais eficiência o prognóstico do paciente com DLBCL.
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