Eman F Badran, Manar Al-lawama, Amira Masri, Iyad Al-Amouri e Fawaz Al Kazaleh
Histórico e objetivos: A transfusão sanguínea intrauterina (IUT) realizada para anemia fetal pode estar associada a resultados neonatais adversos. Este estudo teve como objetivo descrever o resultado clínico de neonatos sobreviventes tratados com IUT em uma área onde o resultado detalhado em dados neonatais é limitado.
Pacientes e métodos: Este estudo prospectivo incluiu todos os recém-nascidos vivos tratados com IUT em nossa instituição entre março de 2004 e fevereiro de 2011. Durante este período, 30 recém-nascidos com idade gestacional média de 35 semanas (intervalo: 25-37 semanas) foram admitidos com várias morbidades respiratórias, hematológicas e gastrointestinais.
Resultados: A taxa de sobrevivência na alta foi de 93%. Anemia fetal grave (72,2%) foi significativamente associada a uma baixa contagem de reticulócitos no nascimento e à necessidade de suporte respiratório após o nascimento (P < 0,05). O número de IUTs foi significativamente correlacionado com a duração da admissão (P = 0,034) e a presença de anemia tardia hiporegenerativa (P = 0,007), mas não com outros resultados neonatais ou com uma baixa contagem de reticulócitos no nascimento. O uso de imunoglobulina intravenosa foi significativamente associado a uma taxa aumentada de transfusão complementar para anemia tardia e uma duração reduzida de admissão, sem efeitos positivos adicionais.
Conclusão: Este estudo fornece evidências sobre os tipos de morbidades neonatais potenciais após a terapia IUT e seus fatores de risco, e pode ser útil para clínicos que tratam fetos com transfusões intrauterinas e também para aconselhar pais.
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